Ontem fiz um exercício mental que eu li num livro: Fechei os olhos e tentei lembrar de situações e momentos que aconteceram na minha vida há 10, 12, 15 anos… enfim, coisas que aconteceram há muito tempo atrás.
Me lembrei da adolescência, quando eu me mudei para Palhoça e ia para o Centro de Florianópolis estudar. Todos meus companheiros que não moravam na minha cidade, ficavam falando que Palhoça era interior, que não tinha nada para fazer e que era motivo de vergonha!
Eu realmente não entendia muito bem, pois amava morar em um lugar tranquilo, onde podia andar de bicicleta, podia jogar futebol numa quadra improvisada na rua das Saracuras ou podia passear aos finais de semana pelo Lago. Certo que tinha ônibus aos finais de semana, mas as atividades no Grupo Escoteiro Pedra Branca tomavam meus finais de semana: Acampamentos e aventuras bem próximas de casa, pois havia muita natureza em nosso entorno, inclusive com trilhas ecológicas dentro do bairro!
A evolução e o avanço do tempo
Com o tempo, esses meus colegas do Ensino Médio foram parando de falar mal de Palhoça, por conhecerem mais o bairro Cidade Pedra Branca. E nesse tempo aconteceu muita coisa: O Shopping Pedra Branca passou a ser o Centro Empresarial Pedra Branca, aumentaram as linhas de ônibus (agora também no sábado e no domingo), A Unisul aumentou seu número de alunos e começaram a vir para o bairro mais pessoas conhecidas, abriram os primeiros bares e os primeiros restaurantes.
Já não era necessário sair do bairro para se divertir: tínhamos um bar onde podíamos jogar sinuca, bater um papo e tomar uma cerveja gelada como bons universitários. Também podíamos comer um bom sushi. Foram pequenas vitórias que faziam aumentar o amor e a vontade de morar no bairro mais espetacular da Grande Florianópolis.
Os novos rumos e a mudança para sempre
Agora, nada supera a inauguração da área que hoje chamamos de Passeio Pedra Branca. A mudança de como o bairro mudou foi algo incrível e, agora, o jogo tinha mudado: Os meus amigos, que antes falavam mal de Palhoça, começaram a frequentar e trabalhar nas empresas aqui sediadas.
Hoje olho para atrás e enxergo como morar aqui no bairro Cidade Pedra Branca foi algo especial onde, se tudo der certo, espero poder criar meus filhos e morar junto com minha família. Anseio também que muitas outras pessoas possam ter essa ligação profunda e intensa com seu bairro, com seus costumes, os cheiros do cotidiano e com seus vizinhos.
Frederico Di Lullo é redator publicitário, trabalha com conteúdo digital, é voluntário do Movimento Escotiero e apaixonado pelo bairro Cidade Pedra Branca.